quinta-feira, 5 de junho de 2008

Brasil Surdo

Estou cá no trabalho e lembrei de algo que me falaram há um tempo: Marcelo Camelo é a reincarnação do Chico Buarque; já vi, também, muitas coisas no orkut do tipo "Será que o Camelo vai ser o novo Chico?" ou pior "Camelo é tão bom quanto Chico". Enfim, besteiras que aturamos no dia a dia.

Esse Camelo aí é bom, claro. Mas pelo amor...não percamos o senso do ridículo. Qual contexto histórico-político é comparável àqueles anos sufocados, reprimidos? Hoje em dia temos o funk e os sereados americanos estuprando nossos oouvidos e olhos. De certa forma, qualquer um se descaca na atualidade no quisito música, já que passamos por uma escassez de bom senso. Os bons estão na paz derradeira e os que vivem são cobertos pela massa de cantores de churrascaria.

Nesses tempos difíceis para nós, amigos, me prostitui à boa música, indo ao show da Maria Rita, filha da sei-lá-por-que tão idolatrada Elis Regina. Ela era melhor atriz que cantora.
Nesse ano de comemorações, a Bossa nova comemora seu aniversário de meio século com um bolinho, chapéu de cone e meia dúzia de convidados; o resto foi pra rave ou pro baile funk.
Ajudem a música brasileira. Far-se-á ela a imortal dos ouvidos brasileiros, um dia...

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