segunda-feira, 5 de maio de 2008

Soldados de Lennon

Todo mundo é obrigado a idolatrar os Beatles. Não conheço um fã deles que não tenha tentado me bater quando disse "Beatles não é lá essas coisas... Foi muito bom pra época, influenciou (quase) todas as bandas de hoje, mas não é nada de divino." Quatro caras ingleses que estouraram majestosamente, sim. Porém existem ingleses muito mais legais que eles. William Shakespeare, Thommas Hobbes, John Locke, Chaplin, Charles Dickens, Isaac Newton, etc. Portanto, não venha com o discurso de "Os Beatles foram os ingleses revolucionários.

Com toda a certeza, não são a base de todo e qualquer estilo musical. Existem vertentes muito mais inteligentes e complexas do que cantar "she's got a ticket to ride" durante dois minutos. Não desmereço nenhum deles. Aliás, Paul tem um livro de sonetos que me parece ser bem interesante. Muito mais, por sinal, que "iê iê iê".

Hoje em dia, quem não gosta de Beatles, não tem cultura ou não conheçe as raízes musicais do que está ouvindo. Pelo amor... Eu tenho que saber quem era o dono do boi que foi feito o hamburguer que comi, caso contrário estarei sendo negligente ao não saber as "raízes" daquilo. Os que não gostam dos Garotos de Liverpool estão fadados ao insucesso nas suas indagações e preferências musicais. É como se fosse um pressuposto para se ouvir música. Para os fãs, parece que deus tira o ipod e diz: Se você não ouvir Beatles, rapaz, vai para o inferno". Francamente. Depois me chamam de radical... O bom de ser beatlemaníaco é poder tocar as músicas com a mesma facilidade das músicas do Renato Russo.

Um comentário:

Oziel Carneiro disse...

Me uno a ti meu caro amig. Como já conversamos várias vezes na época de colégio, também não sou um adorador dos Beattles, mas concordo contigo em tudo que disseste, eles tem seus méritos sim mas de não são os ingleses mais importantes que já houveram, seria um crime dizer isso e esquecer dos revolucionários industriais dos quais se não existissem sabe-se lá como o mundo estaria hoje na questão tecnológica, por exemplo. Agora musicalmente na Inglaterra dos anos 60 minha preferência fica com os Stones e suas letras nada conservadoras, diferentes das dos Beatles. hehehhe