Dança, morena
Dança tua dança qu’ela não cansa
A noite vai e vem; pega o trem, sem vintém
Samba
A noite não demora
Cura a solidão de quem chora
Cobre o peito machucado de outrora
E perdoa, pequena
Ginga, mulata
Ferve o sangue com cachaça
Mata o homem e acha graça
Mas demora, chora;
Sem hora pra sair
Vai vendo vigorar teu vício
Padece
Vida boa, ingrata
Acorda, cabrocha
O dia começou, a garrafa secou
Não deixa vazio o bolso; um poço
Acorda, a corda rompeu
Trabalha
Não deixa o samba, deixa a liamba
Queima a mortalha
E dança, morena.
Pensando como um criminalista
Há 2 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário